DJ Victoria encanta o público em São Paulo com surpresas
Na última sexta-feira (15 de novembro), Victoria de Angelis se apresentou em São Paulo no ZIG Club, além de promover um evento surpresa aberto ao público para ouvir o seu próximo lançamento, "RATATA", e parte do seu set de DJ.
Para essa cobertura, contamos com a grande disposição do nosso repórter por um dia, Sirius Adhara. As palavras que você verá a seguir são o relato pessoal desse dia inesquecível
Registros: Stephan Solon / 30ebr / reprodução
Resenha: Sirius Adhara
Desde o lançamento do primeiro DJ Set da Victoria ficou claro seu apreço pelo funk carioca, assim como em outras ocasiões ressaltou a cultura brasileira. Era questão de tempo até voltar pra cá em sua carreira solo que, nada tem semelhança com a persona adotada como baixista de uma das maiores bandas de rock da nova geração.
Particularmente corri porque fiquei com medo de esgotar antes que eu tivesse a oportunidade e, na verdade, não foi nada desafiador. Para uma festa acontecer, precisamos de uma lista de convidados, organizar a casa e o principal: avisar que a festa vai acontecer na data sinalizada, no horário e no local. A organização pareceu subjetiva e coordenada por alguém que talvez nem soubesse que a festa aconteceria.
Não houve uma boa divulgação mesmo que há semanas atrás Victoria de Angelis tenha lançado um single com a Anitta, 'Get Up Bitch! shake ya ass', e não teve a divulgação merecida - assim como esse evento que começou a publicar anúncios de tráfego pago para captar fãs ou avisar pessoas que gostam desse nicho menos de um mês antes do show - e como consequência, os ingressos não foram todos vendidos.
Não obstante, o público descobriu a alteração do local do DJ Set por meio das redes sociais, recebendo um email com a informação cerca de seis horas depois. Por fim, nas desventuras em série, três dias antes do espetáculo recebemos e-mails com a informação que o show havia sido cancelado, assim como o ingresso. Foram horas de agonia tentando descobrir o que poderia ser feito, quando teríamos estorno e burocracias do tipo. Porém, os ingressos permaneciam à venda e na página da produtora o show permanecia cancelado. No final das contas, foi um mal entendido estressante que botou em cheque a credibilidade de forma geral.
Na véspera, a Victoria postou um story convidando a gente para uns drinks com ela, avisando que seria no Bar Alto. Mandamos mensagem com nossos nomes para a responsável da fanpage da Vic do Brasil e corremos contra o tempo — particularmente precisei remanejar e reorganizar toda a agenda para conseguir chegar e contei com ajuda de amigos que me abrigaram, já que o Airbnb que tinha reservado só podia entrar depois das 15h e não pareceu sensato levar malas de viagem para um bar.
Alguns nomes não estavam na lista, o que é natural porque a organização foi de fato corrida, e deu a sensação de deixado para última hora. Entramos no bar com mais de meia hora de atraso e a Vic, por sua vez, duas horas depois (ela passava em um carro e pulava e dançava lá dentro, dando tchau e dando voltas no quarteirão, claramente tendo certeza que ela conseguiu o melhor emprego do mundo). E quem não tinha nome na lista também entrou, igual a todo mundo.
Esse primeiro show, na minha opinião, foi onde olhei aquela mocinha que apesar de posar como uma bad girl deixou claro como é doce e meiga com sua personalidade como uma criança que comeu um quilo de açúcar com mel. As pessoas ao redor, menos de um metro de distância dela, gritavam seu codinome Miss Bitch, Gostosa e Sapatona (confesso que puxado por mim) e em todos ela riu. Todos nós nos divertimos e dançamos, apesar de ser em um espaço desnivelado, como uma escada gigante e particularmente quase caí três vezes.
Os drops do set incitam a gente a pular e remexer. Algumas pessoas já tinham tomado um ou dois drinks. Funcionários pediam licença no começo do show para colocar uma escada para colocar algo no alto do bar. Desorganizado, porém, divertido e cheio de energia.
Vic de Angelis deixou o bar do Alto em uma van, sorrindo e soprando beijos para os fãs.
De noite, na Zig, foi visível e palpável quando a divulgação não é efetiva e piora quando combina com a data do primeiro show do comeback do Linkin Park no Brasil. Talvez estivesse com pouco mais da metade da ocupação e levou um tempo para a multidão animar mesmo com os drops elétricos e energizantes da DJ, que tocou seu hit além de uma infinidade de funks cariocas contando com a icônica música dos Anos 2000 "Éguinha Pocotó", do Mc Serginho.
Vê-la no palco com seus convidados se divertindo enquanto remixava foi por si só contagiante. Não dava para não aproveitar. Dado momento, escrevi no celular "Blow me a kiss" (me manda um beijo) e ela não só viu como soprou. Não foi muito antes dela se jogar na plateia, abraçando e retribuindo o calor que o público deu para ela, que atrasou cinco minutos e ficou vinte a mais conosco em uma energia que me perguntei se ela era movida a pilha.
No primeiro momento, admito que estava indo porque era a Victoria. Agora, no próximo DJ Set dela, estarei lá não só como fã da baixista mas da DJ, que conseguiu fazer uma pessoa que não gosta de festas, música eletrônica nem muito contato humano dançar muito, gritar por horas. Triste foi que nem todos foram de coração aberto para conhecer essa faceta da Vic.
Se eu pudesse te dar um conselho eu com certeza diria para vê-la tocar o set pela energia, pela alegria e pela vibe do momento. Ah, e depois funk de baixo calão gruda na sua cabeça, mas, não é de todo mal. Quando perceber, você já está dançando e esperando o próximo evento. Mal posso esperar pela próxima passagem de Victoria de Angelis novamente, mas sem a parte da ausência de organização e aprofundando as técnicas e feeling para remixar e grudar músicas em nossa mente.
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